sexta-feira, 18 de junho de 2010

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Lendas

O Guaraná

Numa aldeia indígena um casal teve um filho muito bonito, bom e inteligente. Era querido por toda a tribo. Por isso Jurupari, seu pai, começou a ter raiva dele, até que um dia transformou-se em uma cobra, permanecendo em cima de uma árvore frutífera.


Quando o menino ainda criança foi colher um fruto desta árvore, a cobra atirou-se sobre ele e o mordeu. Sua mãe já o encontrou sem vida. Ela e toda tribo
 
O Uirapuru
 
Certa vez um jovem guerreiro apaixonou-se pela esposa do grande cacique, mas não podia aproximar-se dela. Então pediu a Tupã que o transformasse num pássaro. Tupã fez dele um pássaro de cor vermelho-telha. Toda noite ia cantar para sua amada. Mas foi o cacique que notou seu canto. Tão lindo e fascinante era o seu canto, que o cacique perseguiu a ave para prendê-la, só para ele.


O Uirapuru voou para bem distante da floresta e o cacique que o perseguia, perdeu-se dentro das matas e igarapés e nunca mais voltou. O lindo pássaro volta sempre canta para a sua amada e vai embora, esperando que um dia ela descubra o seu canto e seu encanto.

Um Alimento Sagrado


Ela era filha do chefe da aldeia, todos a admiravam pela beleza e pela bondade que levava no coração. Desde pequena estava prometida para o jovem mais corajoso de toda a aldeia, Ubiratã. Era desejo de seus pais q o casamento ocorresse logo, mas, o coração de Mandi era livre e todas as noites ela sonhava com um jovem brando, mais branco que a neve, com os olhos claros de cristal.


O tempo passava e toda a aldeia se preparava para o casamento.Um dia Mandi estava andando pela mata e, de repente, teve uma visão que parecia surgir dos seu sonhos lá estava ele: bem em sua frente, um homem claro, mas branco que a neve com os olhos mais claros que o cristal de rocha. A atração foi mútua e de repente o seu coração disparou como a flecha ligeira q partiu sem saber aonde vai parar.


Os dias passaram, Mandi o homem branco encontram-se furtivamente, sem que os pais ou alguém da aldeia descubra, mas infelizmente a felicidade não parecia ser destinada a Mandi.


Uma jovem índia, Jacira, quem estava apaixonada por Ubiratã, descobriu o segredo de Mandi e contou tudo a ele, pensando que ele desesperado caísse em seus braços. Mas, não foi o que aconteceu; jurando vingar-se, Ubiratã seguiu Mandi e no momento em que os dois namorados estavam abraçados, Ubiratã com seu arco atirou contra o casal.


No momento em que Mandi viu a flecha que atacaria seu amado, colocou-se a sua frente e acabou morrendo. Ubiratã desesperado jogou-se cachoeira abaixo e acabou morrendo também. Houve muita tristeza e dor na aldeia. Mandi foi enterrada ao pé do ipê-amarelo e um dia, enquanto sua mãe chorava, ela viu uma folha sair da sepultura de sua filha. Desesperada desenterrou o corpo e achou uma planta branca como o corpo de sua filha e também uma raiz que tinha um gosto amargo, mas que dava para alimentar a aldeia inteira.
Esta é a lenda da mandioca.

Matintapereira


Segundo a mitologia tupi, é uma pequena coruja q canta à noite para anunciar a morte próxima de uma pessoa. Descrevem-na também como mulher grávida que deixa o feto na rede de quem lhe nega fumo para o cachimbo.

Curupira


É o demônio das florestas amazônicas.Seus pés virados para trás confundem os caçadores nas matas, fazendo com que eles se percam. Surge e desaparece de repente. Os índios deixavam presentes (penas e flechas) pelo caminho, para que o Curupira não lhe fizessem mal.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Danças

Kuarup

é um ritual dos grupos indígenas do Parque do Xingu para homenagear os mortos. Os troncos feitos da madeira “kuarup” são a representação concreta do espírito dos mortos ilustres.

Caiapós

Dança dramática de origem indígena, é uma variante da dança caboclinhos, com algumas modificações, no Sul, São Paulo, Minas e Rio. Há um enredo com rapto e resgate de um pequeno indígena, além do abandono dos instrumentos de sopro, que são substituídos por tambores, caixa, pandeiros e reco-recos.Herança dos índios caiapós da zona litorânea paulista. O caiapó paulista é uma dança coletiva.

Caboclinhos

De características indígenas, este bailado compõe-se de um número de participação (de dez a quinze anos) que varia, conforme a localidade, não passando de vinte figurantes. Os componentes gesticulam e pinoteiam em silêncio, simulando estarem guerreando.


Jogos Atléticos

Arco e Flecha


Os povos indígenas usavam muito esse instrumento como arma de guerra. Atualmente, é usado para a caça, pesca e rituais, e tornou-se também uma prática esportiva, sendo disputada entre aldeias e até com não-indígenas.

Cabo de guerra

Modalidade praticada para medir a força física, o cabo de guerra é muito aceito entre as etnias participantes de todas as edições dos Jogos, como atrativo emocionante, que arranca manifestação da torcida indígena e do público em geral.

Luta corporal
As lutas corporais são realizadas por homens e mulheres e o esporte está inserido na cultura tradicional dos povos que o praticam: os povos indígenas Xinguanos, Bakairi o Huka Huka e os Xavante, de Mato Grosso.

Arremesso de lança
O Arremesso de Lança é uma prova individual realizada apenas pelos homens.

Luta de braço

É a luta de braço dos índios Carajás. Só que exige muita resistência, pois dura um dia inteiro, e os lutadores podem acabar com os braços machucados. Vence quem derrubar maior número de adversários. Os Carajás vivem em Goiás, principalmente na ilha do Bananal.

 
Culiária
 
Podemos dizer que a alimentação indígena é natural, pois eles consomem alimentos retirados diretamente da natureza. A alimentação indígena é saudável e rica em vitaminas, sais minerais e outros nutrientes. Numa aldeia indígena, o preparo dos alimentos é de responsabilidade das mulheres. Aos homens, cabe a função de caçar e pescar.


Principais alimentos consumidos pelos índios brasileiros:

- Frutas

- Verduras

- Legumes

- Raízes

- Carne de animais caçados na floresta (capivara, porco-do-mato, macaco, etc).

- Peixes

- Cereais

- Castanhas

Pratos típicos da culinária indígena:

- Tapioca (espécie de pão fino feito com fécula de mandioca)

- Pirão (caldo grosso feito de farinha de mandioca e caldo de peixe).

- Pipoca

- Beiju (espécie de bolo de formato enrolado feito com massa de farinha de mandioca fina)

Arte Indígena


Arte em pedras

A confecção de instrumentos de pedra (ex.: machadinhas) fora de extrema importância no passado indígena, mas nos dias atuais os índios não mais costumam produzir artefatos em pedra devido à inserção de instrumentos de ferro, que se mostraram mais eficientes e práticos, embora algumas tribos ainda utilizam estes artefatos para ocasiões especiais.




 
Trançado
                                                                                                                                                                                                                                                                                                        
  Nos trabalhos de cestaria dos índios há uma definição bastante clara no estilo do trabalho, de forma que um estudioso da área pode através de um trabalho em trançado facilmente identificar a região ou até mesmo que tribo o produziu. As cestarias são utilizada para o transporte de víveres, armazenamento, como recipientes, utensílios, cestas, assim como objetos como esteiras.         





 


Penas
Os trabalhos feitos com penas (arte plumária) têm grande destaque entre os índios. Gostam de se enfeitar, seja por simples vaidade ou por princípios religiosos. É costume criarem aves com a finalidade de arrancar-lhes as penas para a confecção de adornos. Com as penas, realizam trabalhos de grande senso estético, não só na confecção, como no equilíbrio das cores. Se desejam determinada cor não encontrada em estado natural, sabem consegui-la modificando, pelo aquecimento, a cor original das penas. Entre os seus trabalhos, destacam-se os cocares (enfeites que usam na cabeça).








 
Pintura

   Dificilmente os índios enfeitam com pintura as suas habitações. É no próprio corpo que eles aplicam toda a sua habilidade de artistas. Há tribos que apresentam desenhos corporais maravilhosos, tanto pelas figuras como pelas cores escolhidas.







Cerâmicas

 
   A produção de cerâmica é muito importante entre os índios. Peças dos mais variados feitios, algumas caprichosamente pintadas, têm os mais diversos usos. A cerâmica resulta do barro trabalho e endurecido pelo aquecimento. Os mais divulgados produtos de cerâmica indígena estão na ilha de Marajó, no Pará. Constituem peças de confecções aprimorada e de grande beleza.                                                          

História



 Há cinco séculos, os portugueses chegaram ao litoral brasileiro, dando início a um processo de migração que se estenderia até o início do século XX, e paulatinamente foram estabelecendo-se nas terras que eram ocupadas pelos povos indígenas.



O processo de colonização levou à extinção muitas sociedades indígenas que viviam no território dominado, seja pela ação das armas, seja em decorrência do contágio por doenças trazidas dos países distantes, ou, ainda, pela aplicação de políticas visando à "assimilação" dos índios à nova sociedade implantada, com forte influência européia.


Embora não se saiba exatamente quantas sociedades indígenas existiam no Brasil à época da chegada dos europeus, há estimativas sobre o número de habitantes nativos naquele tempo, que variam de 1 a 10 milhões de indivíduos.


Números que servem para dar uma idéia da imensa quantidade de pessoas e sociedades indígenas inteiras exterminadas ao longo desses 500 anos, como resultado de um processo de colonização baseado no uso da força, por meio das guerras e da política de assimilação.


Alguns povos indígenas, desde a época do Descobrimento, mantiveram-se afastados de todas as transformações ocorridas no País.


Eles mantêm as tradições culturais de seus antepassados e sobrevivem da caça, pesca, coleta e agricultura incipiente, isolados do convívio com a sociedade nacional e com outros grupos indígenas.


Os índios isolados defendem bravamente seu território e, quando não podem mais sustentar o enfrentamento com os invasores de seus domínios, recuam para regiões mais distantes, na esperança de lograrem sobreviver escondendo-se para sempre.


Pouca ou nenhuma informação se tem sobre eles e, por isso, sua língua é desconhecida. Entretanto, sabe-se que alguns fatores são fundamentais para possibilitar a existência futura desses grupos.


Entre eles, a demarcação das terras onde vivem e a proteção ao meio ambiente, de forma a garantir sua sobrevivência física e cultural.


No processo de ocupação dos espaços amazônicos, o conhecimento e o dimensionamento das regiões habitadas por índios isolados são fundamentais para que se possa evitar o confronto e a destruição desses grupos.